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Josefa Rosalía
Luque Alvarez nasceu em Villa Del Rosário, província de
Córdoba, na República Argentina, em 18 de março de
1893, filha de Rafael Eugenio Luque e Dorotea Alvarez. Foi educada no
colégio das Carmelitas Descalças, na cidade de Córdoba.
Radicada desde 1932,
em uma ilha do Delta buenairense, na cidade de Tigre, fundou a Escola
Fraternidade Cristã Universal em 1938, tendo como fundamentos:
o cultivo interior, pelo conhecimento de si mesmo e a união íntima
com Deus através da meditação, conjuntamente com
o bem pensar, sentir e agir, sendo esta a tetralogia da Obra e as bases
do conhecimento espiritual, moral e ético.
Escritora de pena ágil,
com asas de condor, sobrevoou os planos terrestres até pousar na
morada dos escolhidos pela Eterna Lei para descerrar os véus do
Arquivo da Luz, onde está gravado com decalques de fogo a evolução
de cada partícula de centelha divina emanada do Grande Todo Universal.
¿Que
viu sua mente iluminada? Ela presenciou um formidável apocalipse
quando a Maga Invisível dos Céus descerrou diante dela seu
véu de desposada, e deixou a descoberto as glórias, os triunfos,
as lutas, as abnegações, os sofrimentos e esplendores da
morte dos amantes do Amor e da Justiça por um ideal de libertação
humana!
Que mais? As vidas dos
missionários divinos, que, limpando os campos de ervas daninhas,
abriam sulcos para a semeadura do Amor Fraterno nas almas que seriam as
encarregadas de fazê-la frutificar o cento por um.
E por último?
As vidas messiânicas de um Arcanjo do Sétimo Céu dos
Amadores que, deixando sua morada de Paz e Amor, descia ao plano terrestre
para misturar-se com as pequenas almas inconscientes do seu destino; e
também para que, na sua mão, no seu manto, se abrigassem
os que quisessem deixar de ser almas enchafurdadas no lodo das próprias
paixões, dos desejos insatisfeitos e dos egoísmos que foram
formando cicatrizes e manchando as vestes que cobrem a Essência
Divina.
Tudo isso e muito mais
ela viu nesse espelho brilhante e límpido como não há
outro, e, descendo em precipitado vôo, mas com grande dor, transferiu
para o papel tudo quanto sua mente viu e seu coração sentiu.
A ti, leitor amigo,
é oferecido, com todo amor, o que o seu amor criou através
de mais de trinta anos de escrita: Origens da Civilização
Adâmica, Harpas Eternas, Cumes e Planícies,
Moisés, e outras pequenas jóias espirituais:
"El Huerto Escondido", "Paráfrasis de la Imitación
de Cristo", "Cinerarias", (obras em espanhol, sem tradução
em português), prosa e poesia mística e profana.
Na leitura de seu último
escrito, iniciado no dia 25 de junho e terminado em junho de 1965, dias
antes de partir para sua morada da Luz, peço que o faças
com a sinceridade daquele que busca a Verdade, a Luz e o Amor. Se, ao
final dela, teu coração encontrou o que ansiava, elevemos
uma prece de eterno agradecimento ao Altíssimo, e a ela, a sempre-viva
de teu amor refletido em teus semelhantes.
A transcritora dos Arquivos
da Luz deixou sua morada terrestre no dia 31 de julho de 1965.
Assim daremos cumprimento
em nós mesmos ao ideal do nosso Divino Guia e Instrutor: Amar
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
H.J.O.C.
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